segunda-feira, 22 de março de 2010

Hoje notei o apego...

Ao se dar conta do apego tão firme, a tendência é, de fato, desapegar-se. O que sabemos, no entanto, é o quanto isso não é fácil.

Quando o apego faz bem? E quando faz mal?

Respostas de perguntas antitéticas tendem sempre à dúvida e, por essa regra, dizemos: depende.

Faz bem quando se encontra alguém cujo sentimento recíproco satisfaz seus princípios egoístas. Em outras palavras, alguém “cheio de amor pra dar”. Digamos que apegar-se a esse tipo de coisa não trará conseqüências diretamente ligadas ao sofrimento (desconsiderando, aqui, outras formas particulares de sofrimento). Mas assim poderemos ter, como algo negativo, um apego excessivo e sufocante, que acabaria por trazer uma forçada insatisfação ao “apegado”.

Faz mal justamente quando o inverso do bem acontece. A linda frase “dar sem receber” nunca foi um princípio em comum da sociedade, muito pelo contrário. Teremos então, o famoso sofrimento. Tão ruim quanto dar e não receber, quanto tentar e fracassar, é amar e não ser correspondido. É apegar-se e não sentir sua correspondência.

Por que nos apegamos?

Proteção pode ser a resposta. Há a necessidade de sociabilização e expressão de sentimentos bem como sentir-se protegido. Ela vem desde que nascemos, quando nos apegamos aos carinhos dos próprios pais. Evoluem com os amigos, até finalmente passar à sua futura nova família e o ciclo recomeça.

E então?

Alguém certamente já notou que um dia precisava desapegar-se. Seja de seus pais, seja daquele namorado ou namorada, talvez de alguns amigos. Esse mesmo alguém, caso tenha completo domínio psicológico, pode concretizar sua notação. Caso não seja capaz de controlar seus sentimentos, esse alguém sofrerá, podendo perder tempo ou ser deixado de lado. Sofrerá e evoluirá.

Pensar sobre “devo me apegar ou não?” é algo que levaria com certeza muito tempo disponível, muitas teorias gastas e pouca probabilidade de sucesso no encontro da resposta. No entanto, sempre há alguém que, como eu, gasta tempo livre assim, e no final convence a si mesmo de que amanhã será um novo dia e que seria melhor viver um depois do outro.

Um comentário:

  1. Oi Lou =]

    Mui bem escrito esse, de verdade. Nos outros textos eu sempre perdia o fio, mas esse ta bem claro.

    Concordo com vc em tudo.

    Ate o fim do curso acho que vai aparecer uns bons temas aqui ein.

    Beijo

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